Em trabalho de parto há 4 dias, ela diz que equipe se negava a fazer cesárea.
Hospital é o mesmo onde mulher deu à luz na recepção e bebê caiu.
Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
Um homem chamou a Polícia Militar para transferir a sobrinha, internada na Maternidade Nascer Cidadão, em Goiânia. A mulher estaria há quatro dias em trabalho de parto, sentindo dores, mas com pouca dilatação. Segundo a família, a equipe médica se negou a realizar uma cesariana.A unidade de saúde é a mesma onde um bebê caiu após a mãe dar à luz na recepção, sem ajuda, enquanto esperava por internação, na noite de quarta-feira (11).
O administrador Ivan Teófilo justificou a atitude de chamar a polícia: "Não querem deixar eu tirar ela para dar à luz. O parto tem de ser cesáreo. Eles não fazem cesáreo e a criança está praticamente nascendo".
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Grávida de nove meses e internada há uma semana, a sobrinha dele, a vendedora Valquíria dos Santos, deixou a maternidade no meio da manhã, após a chegada da polícia. Mesmo alegando riscos para ela e para o bebê, a gestante reclamou que não conseguiu uma cesariana.
"Perdi dois filhos por tentarem fazer parto induzido em mim e aqui eles querem fazer a mesma coisa. Estou há quatro, dilatando só dois centímetros, e eles não querem fazer parto cesáreo. Eu sentindo dor, dor, dor. Não aguento mais", relatou Valquíria. Indignada, ela procurou um hospital particular.
A coordenadora de Urgências da Secretaria Municipal de Saúde, Patrícia Antunes, defende a postura da maternidade. "Toda a equipe médica tem uma avaliação da paciente e ela, até o presente momento, não tinha indicação de cesárea. A clínica médica precisa ser soberana nesse momento. Nós não exigimos e não obrigamos a equipe a fazer uma conduta que não é aquela que ela entendeu", informou.
Questionada se insistência no parto normal seria por questão de custos, a coordenadora respondeu: "O nome já diz, o parto é normal. Uma intervenção cirúrgica é uma intervenção. Então, o normal é que a paciente transcorra em um parto normal. Essa e todas as maternidades precisam trabalhar nesse sentido, de incentivar a paciente".
Sobre a mulher de 34 anos que deu à luz na recepção, a coordenadora relatou que uma equipe de auditores esteve na maternidade e todos os documentos foram encaminhados para avaliação. "Nós estamos aguardando o relatório final dessa equipe", disse Patrícia.
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