Embalsamada viva, jovem de 28 anos morre durante procedimento cirúrgico que, em teoria, seria considerado de baixo risco. Familiares descreveram a vítima como sendo uma jovem "doce" e "carinhosa" que morreu cedo demais. Caso ocorreu na Rússia
Uma mulher de 28 anos morreu na Rússia na última semana durante um procedimento cirúrgico que, em teoria, deveria ser considerado de baixo risco. A vítima foi embalsamada viva por engano.
Ekaterina Fedyaeva recebeu formol durante a cirurgia para remoção de cisto nos ovários ao invés de uma solução salina. O formol é usado normalmente para preservar cadáveres.
O caso aconteceu em um hospital em Ulyanovsk, cidade no oeste da Rússia. As informações são da agência Tass e da emissora RT.
A sogra de Fedyaeva, Valentina Fedyaeva, disse à RT que após a operação, a moça reclamou que sentia que estava morrendo. A partir daí seus órgãos começaram a falhar e teve de ser mantida conectada a aparelhos para sobreviver.
Os médicos tentaram limpar a cavidade estomacal de Ekaterina após administrarem o formol, mas já era tarde demais.
Segundo o jornal “Washington Post”, familiares e amigos descreveram Fedyaeva como sendo uma jovem “doce” e “carinhosa” que morreu cedo demais.
A cirurgia desastrosa ganhou atenção internacional e foi noticiada em diversos veículos. Rashid Abdullov, ministro da Saúde, Família e Bem-estar Social da região de Ulyanovsk, classificou o caso como “uma tragédia terrível”.
“Minhas profundas condolências à família de Ekaterina Fedyaeva”, escreveu Abdullov no Twitter na semana passada. “Esta é uma tragédia terrível. Nós forneceremos toda a ajuda necessária para a família. Os responsáveis pela tragédia já foram responsabilizados e as agências investigativas continuam trabalhando.”
Ainda não está claro exatamente como o erro aconteceu, mas segundo Abdullov os médicos esqueceram de ler o rótulo da embalagem da substância química antes de administrá-la durante a operação.
As autoridades de Ulyanovsk abriram uma investigação criminal sobre o caso e, por ordem do governo, o médico-chefe do hospital em Ulyanovsk, assim como outros médicos envolvidos na operação, foram demitidos, segundo a imprensa local. Se forem acusados criminalmente e condenados, eles podem ser presos.
Dentista acusada de racismo contra uma mãe e sua filha bebê é presa em hotel. Ela estava escondida e se preparando para fugir para São Paulo. Família da denunciada alega agora que ela sofre de 'transtornos mentais.
Dentista Delzuite Ribeiro foi presa após ser denunciar por racismo. Ela planejava fugir para São Paulo
A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (17) a dentista Delzuite Ribeiro de Macêdo. Ela foi denunciada por insultar com ofensas raciais o bebê de uma mulher. A partir deste caso específico, a polícia informou que outras oito denúncias pelo crime de racismo já haviam sido registradas contra a dentista (saiba mais aqui).
Delzuite foi presa em um hotel de Teresina, capital do Piauí. De acordo com a Polícia Civil do estado, ela estava escondida e se preparando para fugir para São Paulo.
A delegada Cinthya Verena pediu a prisão provisória da dentista porque ela não se apresentou à polícia para ser ouvida sobre as acusações.
A prisão foi efetuada pelo delegado Emir Maia e sua equipe. “Recebemos a informação de que ela estava escondida em Teresina. Tivemos êxito em descobrir que ela estava hospedada no hotel do Sinte (Casa de Hospedagem do Professor), já com passagem comprada para a cidade de São Paulo”, disse Emir.
“Ela confirmou que foi ela mesmo quem divulgou aquelas mensagens preconceituosas e odiosas. A prisão foi decretada porque ela estava foragida, não atendia a nenhum chamamento da polícia. Diligenciamos aqui na capital onde ela tinha uns endereços. Antes de ela ser odontóloga, era cabeleireira. Não foi muito difícil encontrá-la”, assinalou o delegado.
“O crime que ela praticou foi racismo, que define condutas discriminatórias e de ódio. A pena pode chegar até cinco anos de reclusão e é um crime inafiançável. As pessoas acham que nas redes sociais existe imunidade para postar o que quiser, mas não […] a polícia está sempre atenta”, finalizou o delegado.
Racismo
Delzuite Macêdo foi apontada como autora de uma série de comentários ofensivos contra pessoas negras em uma publicação no Facebook.
O texto foi publicado em um grupo fechado, mas capturas de tela circularam nas redes sociais, gerando revolta entre internautas. A dentista afirma que seu filho “é lindo, branco e de olhos verdes”, ao mesmo tempo em que debocha da cor da pele de uma bebê de um mês.
Transtornos mentais?
Depois da repercussão da denúncia, a família de Delzuite veio à público para alegar que a acusada sofre de ‘transtornos mentais’.
Em entrevista ao jornal Extra, a mãe da dentista disse que ela está agindo assim por causa de distúrbios mentais e que vai pedir a internação da filha. “Quanto mais está sob pressão, mais se descontrola”, disse a mulher de 73 anos.
Segundo investigação da Polícia Federal, Mariano Castro seria o principal operador do esquema, que desviou mais de R$ 18 milhões da Saúde do Maranhão.
Por Bom Dia Mirante, G1 MA
IML do Piauí faz comparações de assinaturas de carta do médico Mariano de Castro
IML do Piauí vai fazer comparações de assinaturas para saber se de fato a carta encontrada ao lado do corpo do médico Mariano de Castro foi de sua autoria. A carta tem cinco páginas e foi encontrada na última quinta-feira (12) no apartamento em que cumpria prisão domiciliar no bairro de Ininga, em Teresina.
Para avançar as investigações, a Delegacia de Homicídios de Proteção à Pessoa do Piauí pediu documentos que constem assinaturas com reconhecimento de firma do médico Mariano de Castro e Silva. O delegado Francisco Baretta diz que objetivo é fazer comparações e testar a autenticidade da carta de cinco páginas que teria sido deixada pelo médico. “Nós quisitamos a carta pra saber se é do punho do médico Mariano. Saber o estado emocional em que ele se encontrava e quando ele escreveu essa carta”.
O delegado Baretta afirma ainda que até o momento poucas pessoas tiveram acesso à carta, que permanece no laboratório do Icrim do Piauí, e que os pertences achados no apartamento no dia em que o médico foi encontrado morto foram apreendidos.
“Foi apreendido pela autoridade policial de plantão o celular dele e um computador notebook, e aqui chegando nós demos o despacho para o delegado Igor e só quem pode fazer esse deslacre é o perito”, concluiu.
Mariano de Castro e Silva foi encontrado morto em seu apartamento no Piauí (Foto: Reprodução/TV Mirante.
Entenda a operação
A Operação Pegadores é continuação da Operação Sermão aos Peixes e segundo a PF, durante as investigações conduzidas em 2015 foram coletados indícios de que servidores públicos que exerciam funções de comando na Secretaria de Estado da Saúde naquele ano montaram um esquema de desvio de verbas e fraudes na contratação e pagamento de pessoal.
As investigações indicaram a existência de 424 pessoas que teriam sido incluídas indevidamente nas folhas de pagamentos dos hospitais estaduais sem a prestação de serviços às unidades hospitalares. Os beneficiários do esquema eram pessoas indicadas por agentes políticos: familiares, correligionários de partidos políticos, namoradas e companheiras de gestores públicos e de diretores das organizações sociais.
O montante dos recursos públicos federais desviados por meio das fraudes chega a R$ 18.345 milhões. Contudo, segundo a Polícia Federal, o dano aos cofres públicos pode ser ainda maior, pois os desvios continuaram a ser praticados mesmo após a deflagração de outras fases da Operação Sermão aos Peixes.
A relação entre a administração pública e empresas terceirizadas foi usada para viabilizar os desvios, como apontou a PF no relatório da operação
O idoso estava acompanhado da a esposa e da neta na consulta. Na gravação, a idosa conversa com a doutora, mas a neta intervém e é xingada pela médica.
“Não temos na unidade, aparato completo para fazer o procedimento de reanimação. Dentro do possível, a equipe fez tudo que estava ao alcance, no caso, quase nada.”, lamentou profissional de saúde, sobre tentativa de reanimação de paciente
Por Kleber Karpov
A morte de Dona Edivina, uma paciente de 51 anos, na manhã de quarta-feira (29/Nov), na Equipe Saúde da Família (ESF) de São José, em São Sebastião, após ser medicada com uma dose de penecilina benzatina, popularmente conhecida por benzetacil pode colocar em xeque o Programa Saúde da Família (PSF). O caso denunciado, em primeira mão, pelo Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (SINDATE-DF), traz o alerta do perigo de, profissionais dessa categoria, ministrarem medicamentos, sem supervisão de um médico.
O alerta foi realizado pelo vice-presidente do SINDATE-DF, Jorge Vianna, em publicação no site da entidade. “A denúncia já havia chegado antes ao sindicato, no qual os profissionais relataram que estavam sendo obrigados a aplicar esse medicamento nos pacientes sem a presença do médico na equipe. O Sindate, na ocasião, orientou os profissionais que se recusassem a fazer a medicação, pois caso um paciente tivesse reação ao medicamento e viesse a óbito, uma vida poderia ser perdida e os profissionais poderiam ter problemas, uma vez que a ESF de São Sebastião não possui estrutura para atender emergências.”
Com a repercussão da morte no ESF, ao ser questionado por Política Distrital (PD), a Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF) refutou a ‘versão’, em referência à afirmação do SINDATE-DF, veinculada pela imprensa. A Pasta recorreu ao argumento de haver interesses corporativos para desestabilizar o modelo de atendimento na Atenção Primária, implantado pelo secretário de Saúde do DF, Humberto Lucena Pereira da Fonseca.
“Não procede a informação de que técnicos de enfermagem e enfermeiros estejam realizando medicações sem a presença de médicos. Trata-se de mais uma tentativa de desinformação movida por interesses corporativos contra a adoção de um modelo de atendimento na Atenção Primária que é preconizado pelo Ministério da Saúde e adotado nos países que têm atendimento de saúde pública mais desenvolvidos, a partir de um incidente trágico cuja ocorrência a Secretaria de Saúde lamenta. Todas as Equipes de Estratégia Saúde da Família de São Sebastião possuem médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários.”.
O que ocorreu?
A SES-DF afirmou que Equipe Saúde da Família contava com uma médica quando Dona Edivina veio a óbito e explanou sobre o quadro clínico da paciente. “Na manhã desta quarta-feira (29), a equipe de Saúde da Família realizou o atendimento à paciente E.A.A. que já era assistida pela equipe da Unidade de Saúde da Família (USF) de São José, em São Sebastião. A paciente tem um quadro de febre reumática e essa comorbidade lhe causa problemas cardíacos. No atendimento prestado nesta quarta-feira, a paciente, que já faz uso de penicilina benzatina para tratamento da doença, teve uma parada cardiorrespiratória após tomar o medicamento, que foi aplicado pela técnica de enfermagem, com supervisão de uma médica. A médica tentou reanimar a paciente, mas sem sucesso.”.
Ainda segundo a SES-DF, Dona Edivina havia passado por procedimento cirúrgico cardíaco. “Neste ano, a paciente precisou passar por cirurgia para substituição da válvula cardíaca e, durante o procedimento, teve uma parada cardiorrespiratória.”.
Mal entendido
De volta ao SINDATE-DF, Jorge Vianna, explicou que “nunca disse à imprensa que não havia médico no ESF, na ocasião em que a senhora tomou a medicação no São Domingos”. Segundo o sindicalista, a colocação referenciou a apuração, por parte do SINDATE-DF, há cerca de três semanas, em que uma servidora da SES-DF denunciou a imposição por parte da gestão de fazer medicação na equipe, mesmo sem a presença de profissional de nível hierárquico superior.
“Nós já fomos criticados por uma servidora que trabalha lá, dizendo que tinha médico, mas na nossa matéria a gente diz que quando eu fui lá, no início do mês, os técnicos em enfermagem reclamaram que estavam tendo que fazer, inclusive benzetacil, sem a presença do médico. Nós falamos que não era para fazer por que era perigoso. Eu previ isso no início do mês e aconteceu hoje, só que não por falta do médico, mas porque a própria medicação é perigosa. Mas, o que nos deixa indignados é que quando a gente pediu a reunião, no início do mês à superintendente, ela não nos atendeu e não fez nada para ajudar”, disse Vianna.
PD conversou com dois profissioanais de saúde que trabalham na ESF São Domingos, sob condição de manter em sigilo as respectivas identidades. A primeira, confirmou a existência da denúncia da servidora daquela unidade, em relação à tentativa da gestão de impor à técnica em enfermagem que fizesse medicações, mesmo sem a presença de um médico.
“Houve sim essa denúncia e através dele [Jorge Vianna], você pode obter a identificação dessa servidora. Não sei se essa servidora vai querer se pronunciar e tudo mas, inclusive tem registrado na ata da equipe dela.”, revelou.
A segunda confirmou a presença de médico na ocasião em que a paciente sofreu parada cardíaca. “A paciente estava aguardando havia um tempo e se queixou com a técnica em enfermagem, que aconselhou ir para casa se alimentar. A paciente foi e voltou. A enfermeira não estava na equipe, abono. A técnica em enfermagem aplicou a benzetacil. A paciente tinha reumatismo infeccioso e fazia uso contínuo da medicação à cada 15 dias, salvo engano. Já era ‘safenada’, enfim, já tinha comprometimentos. Quando a paciente caiu, a técnica chamou a dra. Luciana que, imediatamente, deu início ao procedimento de reanimação, porém, sem êxito.”, afirmou.
Porém, a profissional de saúde também relatou a ordem, por parte da gestão, de se administrar medicamentos, em outras ocasiões.
“Mas a gerência diz que são obrigados a administrar a medicação. Daí fica o impasse, pois se esse servidor não faz a medicação, o paciente for reclamar, o servidor sofre perseguição. Essa inclusive é uma discussão que já tem um tempo. Principalmente, por causa do surto de sífilis. A orientação do Sindicato é de não administrar o medicamento. Quando o Jorge Vianna foi à regional, esse assunto foi abordado e a orientação é fazer medicação na presença da enfermeira. Na médico é facultativo. “, explicou.
A ‘prova do crime’
Segundo o Sindicalista, “Basta uma rápida busca no site do SINDATE-DF para verificar a matéria que publicamos sobre os problemas das Equipes Saúde da Família em São Sebastião, para mostrar que o senhor secretário de saúde, apenas continua com a prática de tentar jogar a população contra os trabalhadores, ou pior, jogar a culpa de um programa falho, como temos denunciado, inclusive na Câmara Legislativa e que esperamos que tanto a Câmara quanto o Ministério Público não fechem os olhos para isso.”, disparou Vianna.
“Além disso, a sala de medicação virou sala de observação com apenas um profissional de nível médio sendo responsável, sem supervisão. As escalas estão sendo improvisadas, e a maior reclamação dos servidores é chegar na unidade sem saber o que vai fazer porque as atividades não estão definidas, o que segundo eles, acaba prejudicando o atendimento à população pela falta de continuidade no atendimento.”.
Falta de estrutura
Sobre o modelo da Atenção Primária adotado por Humberto Fonseca, o vice-presidente do SINDATE-DF chamou atenção à precariedade das estruturas de atendimentos, além de observar a metodologia adotada por Humberto Fonseca de transferir os atendimentos de pacientes com classificações verde e azul, para as unidades básicas de saúde.
“Você colocar uma equipe de saúde em uma casinha, para atender dor de barriga, só comunidade, mas sem estrutura adequada é extremamente perigoso. Pois se você abre uma unidade de saúde, fatalmente, vai se receber pessoas doentes e que podem evoluir para uma parada. E será que essas equipes estão treinadas? Será que essa unidade terá os recursos necessários para dar o suporte de vida a esse paciente em casos como esse que ocorreu hoje? Será que essa senhora, se tivesse sido atendida em um hospital ou em uma UPA, não teria sobrevivido? Isso pode ser o início de uma série de mortes por causa da tal Portaria nº 386/2017 que obriga os pacientes a recorrerem a ESFs e Centros de Saúde para atendimentos, sem a devida classificação de risco do paciente.” ponderou Vianna.
Mortes Evitáveis
Vianna lembrou ainda casos que expõem a vida dos pacientes usuários do Sistema Único de Saúde e de mortes evitáveis, por falta de competência e de gestão para gerir a saúde pública do DF.
O questionamento de Vianna, vai de encontro à preocupação de uma das profissionais de saúde na ESF de São Domingos. “Não temos na unidade, aparato completo para fazer o procedimento de reanimação. Dentro do possível, a equipe fez tudo que estava ao alcance, no caso, quase nada.”, lamentou.
Família
PD entrou em contato com Gabriel, filho de dona Edivina que até o momento da publicação da matéria não retornou para se manifestar sobre o falecimento.